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Por Kleiton Nascimento
O episódio começa com Javadi sob a vigilância do pequeno time do Saul, e no fim ele estava em um jatinho rumo ao Irã. Mas o efeito do contato que ele com este pequeno grupo de pessoas, pode trazer grandes consequências. Saul reuniu seu pessoal e concluiu seu plano ambicioso, para a surpresa e alegria de Dar Adal (que agora faz tudo o que Saul deseja), mas agora ele tem o Senador Lockhart fora do caminho (e trancado emu ma sala de conferência na CIA), sem falar que ele aparentemente ainda não sabe dos encontros secretos que sua mulher vem tendo.
Quinn mais uma vez foi usado para assumir a culpa de mais um ato tático da inteligência do país. Primeiro, foi a morte do garotinho no começo da temporada, e agora ele assume a culpa pelos assassinatos do Javadi e sai limpo. Cada vez mais, vemos que Quinn está começando a ficar cansado de tudo o que lhe pedem para fazer. E claro que temos Carrie, que está na missão de proteger Brody, mas tal decisão pode ser muito ruim para ela e certamente destrutiva para ambos.
Com ações inteligentes e decisões arriscadas, o episódio foi muito interessante. Javadi e Saul interagiram muito bem, embora eu tenha esperado uma certa briga entre os dois. Quinn e Carrie cobrindo os assassinatos de Javadi também foram muito coesos, e foi interessante ver que o que interessa agora é o que a CIA decide em questão a segurança nacional. E mesmo vendo que a série deu uma certa desacelerada na trama, estou gostando da direção em que eles estão indo. O senador Lockhart com certeza não vai ficar trancado por muito tempo, o que pode nos trazer coisas interessantes caso ele decida abrir a boca e fazer aquela tal ligação para o Presidente..
A única parte que achei que foi um pouco demais foi a parte de Fara. Dá para perceber que uma pessoa Iraniana que passou meses planejando como Javadi é podre ficaria incomodada em perder um pouco de poder em seu país, sem falar o fato de que Saul manteve esta informação em segredo, mas por um momento pareceu que a série passaria a explorar centenas de territórios e no fim ela o mataria. Estou feliz que não tenha acontecido desta maneira, mas estou curioso para saber o que o futuro reserva para Fara.
Por fim, "Gerontion" provou que, mesmo com a tentativa de eles trazerem Brody de volta a trama principal da série, Saul ainda está conseguindo manter-se como o centro da terceira temporada. Ele simplesmente toma conta dos episódios quando Carrie não tem muita aparição e este episódio com certeza foi feito especialmente para ele, referindo-se a um poema sobre um homem que havia percebido o quanto ele havia desperdiçado sua vida, fato que não apenas foi refletido nas atitudes de Saul com o Javadi, mas também com sua interação com sua mulher, que por sinal está difícil de assisti-la, já que conhecemos sua história difícil com o marido. O episódio reposiciona a temporada em um novo clima e nos deixa com gosto de ‘’quero mais’’ para os próximos episódios.
É incrível considerar que, com apenas mais quarto episódios restantes nesta terceira temporada, o desenvolver da trama ainda está difícil de se decifrar. Se fosse nas temporadas anteriores, já teríamos tido pelo menos uma ou algumas ideias do que estaria por vir. A primeira temporada foi sobre expor Brody e de alguma forma pará-lo. A segunda, sobre capturar Abu Nazir. Enquanto a terceira temporada nos deixou presos em teorias e missões (encontrar e exonerar Brody, encontrar Javadi e as reais pessoas por trás da explosão de Langley, mantendo a CIA em ação após este terrível ataque), ainda não há um único tópico qual possamos focarmos e termos o fim da temporada explorando-o.
Mas isto é muito bom. Talvez tenha sido pelo fato da própria série ter nos enganado durante o primeiro terço da temporada, colocando propositalmente Carrie em um hospital psiquiátrico, por exemplo, mas é interessante ver que a série evoluiu e tomou um novo rumo, estando agora sempre um passo a frente do espectador, e embora algumas técnicas tenham sido um tanto vagas, o resultado final tem me/nos deixado muito satisfeito/s.
No episódio "A Red Wheelbarrow" continuamos a ter mais revelações sobre o plano de Saul, uma vez que ele continua sendo o mestre do jogo contra todas as outras personagens e a própria audiência da série. Após conseguir tirar o Javadi fora do país e de volta a Tehran, descobrimos que não era o bastante para ele conseguir um nível elevado de informações do governo Iraniano, ele quer controlar o governo Iraniano com um outro plano, usando Javadi, claro. Como podemos ver, preparar uma revolução e colocar a casa da CIA em ordem é um procedimento delicado, tanto que o episódio foi sobre justamente preservar os elementos que ajudam a preservar tal ideia.
Mesmo enquanto Carrie e a maioria do pessoal do Saul estão sem saber sobre o potencial de seus planos, eles trabalham para mantê-lo ativo, especialmente através do outro emprego da Carrie na firma de advocacia, uma vez que eles são alimentados de informações na tentativa de descobrir quem é o verdadeiro terrorista por trás do ataque de Langley. Carrie quer aproveitar a oportunidade para exonerar Brody, mas logo descobrimos que a CIA tem outros planos.
Carrie tenta impedir o plano da CIA, mas acaba sendo baleada por tentar, o que a leva a questionar tudo o que eles estão fazendo e planejando e o por que de eles não a informarem sobre os detalhes.
A revolta dela nos leva a Caracas, onde Saul viajou, após mencionar uma viagem durante o episódio. E Saul simplesmente dá uma bolsa cheia de dinheiro em troca da quase-vida do homem mais procurado do mundo: Nicholas Brody. Terminamos o episódio assim como o próprio Brody, questionando o que Saul poderia possivelmente querer com ele e, de fato, por quanto tempo ele já sabia da localização e paradeiro dele.
Muito além disso tudo, Eu estou satisfeito com a mudança e rumo que esta temporada tomou e como as peças estão começando a se encaixar naturalmente, diferente de alguém simplesmente prever a trama toda. Enquanto Homeland está encarando uma Estrada tortuosa, ficou claro que o final desta temporada será imperdível e difícil de se prever.
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