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Por Kleiton Nascimento
Pela maior parte do tempo, Saul esteve certo sobre tudo o que aconteceu até agora, e manteve-se sob o controle desta temporada. Mas é de se questionar que Saul Berenson esteja sofrendo de algum tipo de devaneio para engrandecer a sí mesmo. Acho que a pessoa deve estar um pouco louca para querer ser o membro mais importante da CIA, mas o trajeto do Saul tem tornado-se destrutivo a medida que ele tenta sobrepor-se com o grupo político do Irã. Não há dúvidas de que o homem seja ambicioso.
Mas Saul tem brincado muito com as pessoas ao seu redor e as magoando ao mesmo tempo. O que ele fez com Carrie, colocando-a em um verdadeiro inferno mental e físico só para conseguir o que ele quer, depois passando a mão na cabeça dela só por conveniência. E agora ele também tem o Brody, cuja vida seria inútil para Saul a este ponto, mas ele ainda pode ser uma ferramenta útil para a operação. Dar Adal também é outro que virou capacho, e o Senador Lockhart teve suas preocupações e reclamações ignoradas. E Mira, sua esposa, também sofre com tudo isso, mais uma vez. Até mesmo Quinn e Fara tiveram suas lealdades dispensadas.
Mas para manter Brody cooperando, Saul tem que trazer sua kriptonita, Carrie. Sem preocupar-se com o que isto pode fazer a ela, ele pede para ela "consertar" Brody e colocá-lo de volta a ação. Ela atende o pedido, e mostra para o Brody o que ele tornou-se para sua família, principalmente sua filha, Dana. Até o final do episódio, Brody estava de volta, mas com o desejo de ver sua filha cara a cara, o que não acaba muito bem para ele.
E isto fecha o ciclo do sofrimento de Dana. Eu sei que foi muito difícil sentar e assistir todo aquele drama adolescente que ela teve de sobra, mas de alguma forma isto agregou a trama, sabendo que ela era apenas mais uma a viver afetada com as ações do Brody das duas primeiras temporadas. Estávamos vivendo a vida do Brody através da Dana, e o acerto de contas foi mostrado, quando ele foi visitá-la sem aviso prévio, apenas para que ela o rejeitasse. Mas percebemos que isto apenas o motivou a querer viver, na tentativa de mostrar-se ser uma pessoa melhor para ela.
Enquanto isso, Carrie ainda está atolada com problemas. Em partes com Brody, que passou boa parte do episódio ofendendo-a, mas também com Saul, cuja ações deveriam desmotivá-la, mas ao invés, a deu forças para continuar a fazer um bom trabalho e mostrar a si mesma do que ela é capaz. O engraçado é que, Carrie acabou tornando-se, aparentemente, a pessoa mais calma e sã desta temporada. Enquanto Saul questiona seus julgamentos, ela consegue facilmente colocar Brody no time deles e mesmo estando doente, ela ainda consegue executar bem o seu trabalho.
E mais uma vez, a trama continua a explorar o que ela tem passado e o que o Brody tem sofrido, o que no caso dele foi mais difícil fisicamente. E tem mais, neste episódio eles são visto pela primeira vez juntos, e a química entre Claire Danes e Damian Lewis quase te faz esquecer dos erros e acertos da série.
O que nos leva de volta a Saul, e como ele fez a terrível situação entre Carrie e Brody ficar pior. Então Saul ainda é o dono do jogo, ou seu ego e narcisismo tomou conta do que ele tinha de melhor? Teremos apenas mais três episódios para descobrir. Até lá.
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