Breaking Bad 5x04: Fifty-One

***Alerta: post recheado de spoilers

previously on....

 Nothing stops this train...

O último episódio de Breaking Bad foi um tanto profundo. Fiquei dividida em emoções, confesso. Adorei a volta do chapéu Heinseberg e o Walt em seu momento “EU SOU RYCAAAAAA” comprando dois carrões. A Skyler, depressiva do jeito que está, já era de se imaginar que não ia reclamar de nada. Juro que quando a vi daquele jeito blasé no café da manhã e falando em internado para os filhos, pensei: “ela vai querer se matar, pelo andar da carruagem”. E eu quase estava certa. Só que na verdade a cena da piscina era mais pra impressionar Hank e sua irmã e conseguir tirar os filhos da casa.

Agora vou explicar porque fiquei dividida em emoções. Por um lado entendi perfeitamente Skyler. A cena dela olhando para a piscina, se sentindo vazia, infeliz e arrependida de ter ficado ao lado de Walt quando na verdade podia ter o entregado a polícia. Mas por outro lado, ela pensa nos filhos o mal que isso iria fazer a eles e se viu numa encruzilhada, onde não pode nem voltar atrás e muito menos seguir em frente. Senti sua agonia naquela discussão com o Walt, onde ela estava tentando achar motivos suficientes para manter os filhos longe do pai e achei que Walt foi mais arrogante e maldoso do que nunca, em quebrá-la com seus argumentos bem articulados.

Por outro lado temos o Walter. Antes, era um marido que não conseguia sustentar a família e não era respeitado por ninguém, nem por seus familiares. Se sentia um fracassado. Desde que entrou para mundo das drogas, é respeitado, temido e referência no que faz. É de se entender o porquê dele não querer sair disso e voltar a ter a vida de antes. Claro que tudo isso foi impulsionado pelo câncer, mas agora que ele sabe que vai viver mais tempo do que imaginava, não quer de jeito nenhum voltar a ser o loser da casa. Mas aí tem a questão da família. Mesmo ele sendo esse “badass” fora de casa, dentro dela continua a ser o mesmo Walt de antes, sem ser o orgulho da mulher e pior....sem ser amado e tendo de ouvir da mulher que só resta a ela esperar o câncer dele voltar.

O único presente que ganhou foi um relógio, do Jesse, seu único amigo. Fiquei com dó, muita dó do Walt.

E tem o Hank, chegando cada vez mais perto da verdade. Vai virar chefe do departamento, já sabe que o “cristal” voltou às ruas e está no pé de Lydia. Até quando Walt conseguirá enganá-lo? E digo mais...até quanto Walt vai querer continuar o enganando? Às vezes acho que o que Walt mais quer é que Hank descubra a verdade pra poder dizer: “viu? Eu não era tão bobo e bonzinho como sempre pensou”.

Ansiosa para o desenrolar da trama....

Até semana que vem, folks!