quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Homeland S03E01 - Tin Man is Down

***Alerta: post recheado de spoilers

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Por Kleiton Nascimento 




Por algum motivo, a terceira temporada de Homeland lembrou-me muito a sétima temporada de 24 Horas e, claro, para muitos fãs de 24Horas a sétima temporada foi a melhor da série. Em muitos aspectos, este primeiro episódio mostrou-se o melhor de Homeland até agora. Não estou dizendo que a segunda temporada tenha sido ruim, mas a qualidade que o show trouxe em apenas um episódio mostrou que, independente quantos episódios vimos até agora, ainda não vimos nada. A segunda temporada terminou com Carrie Matheson ajudando o terrorista caçado pela CIA, Nicholas Brody a escapar do país, após ser acusado de ter participado de um ataque terrorista que custou a vida de mais de duzentas pessoas, muitos deles figuras importantes do governo americano. Ainda sem provas, Carrie acredita que Brody não teve participação nisso tudo.

No episódio "Tin Man Is Down", Carrie é interrogada pelo comitê do senado, para que eles saibam que ela também não teve participação alguma nisso tudo e que seu papel no dia do ocorrido era justamente o de impedir que ataques daquele tipo tivesse acontecido. Mesmo com a verdade ainda em questão, a série nos faz acreditar que Brody foi usado e que sua participação no ataque foi forjada, tornando-o o principal responsável por isso. Mas ainda assim, confiamos que Carrie seja muito inteligente, e que seus instintos e interações com o Brody a convenceram de que tudo isso foi uma armação, um plano de vingança contra Brody após ele ter falhado em sua missão suicida na primeira temporada, e tudo foi usado contra ele, inclusive sua confissão, que foi exibida na televisão.

Para Carrie, Brody é o que a deixa literalmente louca, e enquanto a ausencia dele a faz viver uma vida um pouco mais balanceada, suas ações ainda martelam a cabeça dela, e agora ela está sentindo os efeitos colaterais de duas temporadas. Para Saul, este é o balance entre seu emprego, qual sabemos que ele se importa muito a ponto de perder sua família por isso, e o quanto ele se importa com Carrie. Mas diferente dela, ele não está disposto a por sua carreira em jogo por conta se sua vida pessoal, especialmente agora que ele tornou-se o diretor da CIA.

Enquanto Carrie faz o impossível para seconder seus segredos, Saul acaba tendo um pouco de problema ao ver a roupa suje dela ser lavada em frente ao comitê do senado, um momento que, para mim, foi um dos mais chocantes que aconteceram na série. Na cena final, ele simplesmente a joga pela janela do ônibus por tudo o que ela tem feito por Brody, por seconder sua doença, e ainda ficou incerto se ele sabe que ela ajudou o Brody a sair do país.

Saul encontra-se em uma posição muito diferente nesta temporada. Ele não apenas tornou-se o mentor da CIA, mas ele precisa achar pessoas responsáveis e ainda lidar com o senador. E agora ele também tem Dar Adal  no seu pé, tanto como a voz da razão em sua cabeça quanto como sua estranha esposa, que voltou da India mas ainda dormindo em camas diferentes. Com tudo isso, Saul não pode mais ser o portetor da Carrie.

E a trama ganhou potência em duas cenas diferentes. Em uma, Carrie está sozinha com um monte de senadores, apenas com sua conselheira ao seu lado, que aparentemente estará por lá durante toda a temporada, encarando o mundo com muitas perguntas complicadas. Em outra, Saul está emu ma sala cheia, cercado por cameras e opiniões, encarando as mesmas perguntas complicadas, mas sob circunstancias muito diferentes. Estas duas cenas nos dá a prova de que mundaças irão acontecer nesta temporada por mais dificil que sejam.

Em um outro ponto do show, descobrimos que a ‘’troublemaker’’ Dana tentou cometer suicídio ao descobrir a verdade sobre seu pai, e após dois meses em uma casa de reabilitação, ela volta para casa, onde encontra uma mãe desolada, um irmão que cresceu muito entre uma temporada e outra, e também sua avó, todos tentando recuperar-se dos últimos eventos. Nesta parte da série, lidaremos com os sentimentos da Dana, mesmo sabendo que  o casal Chris e Jessica não foram abalados pelos últimos acontecimentos, o que é um tanto estranho, mesmo sabendo que na temporada anterior Dana estava bem mais próxima de tudo o que aconteceu .

Ainda conseguimos ver um pouco de ação na CIA que tentou derrubar algumas pessoas envolvidas no atentado (menos Brody, claro), e acompanhamos Quinn em sua Aventura para derrubar o tal "Tin Man", com sucesso, mas infelzmente perde seu filho com isso. Este será um motive forte para prestarmos atenção no Quinn este ano, uma vez que Rupert Friend não teve muito o que fazer na temporada anterior. Com o status do Brody ainda na berlinda e Carrie afastada, eu gostei da idéia do Quinn ganhar um pouco de ação e atenção nesta temporada, embora eu ainda não sei exatamente o que eles irão fazer com a morte da criança.

Por fim, gostei muito do episódio "Tin Man Is Down" principalmente por ser um grande preview do que está por vir nos próximos episódios. Foi tenso, muito bem escrito e nos trouxe muito mais do que explicações vagas sobre ataques terroristas e todo aquele blá blá blá que tivemos em alguns momentos da primeira temporada. Claro que ainda teremos mais 11 episódios a nossa frente, mas este primeiro mostrou que Homeland está de volta e á todo vapor.

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